Esta é uma dúvida que ouço com frequência. Porém, com todos os acontecimentos dos últimos anos e a dinâmica do mercado, as mudanças no comportamento do consumidor estão cada vez mais aceleradas, o que dificulta uma resposta conclusiva à pergunta.
Para aproveitar melhor as oportunidades disponíveis e abrir um negócio próspero, é importante acompanhar as tendências e os direcionamentos apontados pelo mercado e pelos especialistas. O relatório de tendências do Sebrae (2021) traz diversas mudanças apresentadas pelos consumidores pós pandemia, como um modo de consumo mais consciente e práticas que estimulam a saúde mental. A partir disso, pode-se apontar algumas áreas que apresentam maior potencial de sucesso, dentre elas:
1) Saúde: o mercado passa por inúmeras transformações e a evolução da tecnologia favorece a oferta de produtos e serviços, que podem ser aplicados a consultórios, clínicas, hospitais, além dos diversos serviços assistenciais e das terapias alternativas, que promovem o bem-estar físico e emocional.
2) Consumo verde: a atenção dos consumidores está voltada para a busca de alimentos que reduzem o impacto ao meio ambiente, intensificando a procura por opções mais saudáveis, com aumento significativo para cardápios veganos e vegetarianos. Outros produtos e serviços que refletem um comportamento mais responsável também ganham destaque, como a moda ecossustentavel e o aproveitamento de recursos naturais, a exemplo da energia solar e eólica.
3) Tecnologia e digitalização: a internet está atuando como recurso essencial no desenvolvimento das atividades e da comunicação entre as pessoas, seja para assuntos pessoais ou profissionais. Por isso, os serviços digitais ganham cada vez mais espaço, sempre levando-se em consideração a qualidade e o nível de serviço entregues.
4) Experiência: não é novidade que as empresas que conseguem causar uma boa impressão e até surpreender os seus clientes, alcançam também bons resultados financeiros. Uma prática que está encantando os consumidores é a mescla de tecnologias, unindo a realidade virtual aos recursos físicos. Como exemplo temos as lojas que oferecem plataformas com provadores virtuais ou a possibilidade de visitar um ambiente, sem precisar sair de casa.
Há inúmeras oportunidades em cada uma das tendências, porém, é fundamental que o novo negócio esteja alinhado a um propósito, tenha uma razão de ser. Que não seja um projeto amparado somente à uma pesquisa ou um contexto diferente da realidade em que a nova empresa estará inserida. E ainda, que o idealizador dedique tempo para estudo e planejamento, desenvolvendo o plano de negócios, que vai abordar pilares importantes relacionados às estratégias de marketing, necessidades e projeções financeiras, além das questões burocráticas. É um processo trabalhoso, porém, essencial. Não cumprir estas etapas pode custar caro – e trazer muitas frustrações.
Aline Agatti – CRA RS-050836/O
Organizativa Consultoria Empresarial
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@aline.agatti
Jornal Design Serra (Bento Gonçalves/RS) – novembro/2021